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quinta-feira, 17 de setembro de 2009

LEITURA ORANTE DA PALAVRA

A Igreja se alimenta da Palavra de Deus que se encontra na Sagrada Escritura e que encontramos também na vida, na realidade. Deus fala nas coisas que acontecem e quem não procura entender as coisas da vida, os acontecimentos, a realidade atual, não pode entender a Bíblia, nem ouvir a Palavra que Deus quer dizer para nós. A Palavra de Deus, amplamente, abundantemente revelada, é o principal conteúdo da fé.
A revelação do Plano de Deus que descobrimos na Bíblia tem a ver com nossa missão batismal. A educação permanente da fé está ancorada na palavra de Deus que descobrimos na Bíblia. A leitura da Bíblia nos faz compreender que a história da salvação que Deus faz conosco, se revela na história da humanidade; a história do povo da bíblia nos ajuda a descobrir caminhos para nos organizarmos e nos tornarmos hoje povo de Deus.
Ao iniciar a Leitura Orante da Bíblia você vai ler a Palavra de Deus para escutar o que Deus lhe tem a dizer, para conhecer a Sua Vontade e viver melhor o Evangelho de Jesus Cristo.

1º Passo - LEITURA

Antes de tudo, você deve se perguntar:
"O que texto diz em si?"
Ler e reler o texto fazendo emergir os elementos, estar atento aos verbos, pois eles indicam ação; estar atento às idéias principais do texto, prestar atenção em cada palavra, nas imagens, nos personagens.
2º Passo - MEDITAÇÃO
Como Maria, rumine o que escutou (Lc 2,19.51), e assim descobrirá que "a Palavra de Deus está muito perto de ti: está na tua boca e no teu coração, para que a ponhas em prática" ( Dt 30,14). Você também deve ter sempre a preocupação de se perguntar: "O que o texto diz para mim, para nós?"

3º Passo - ORAÇÃO É a hora da prece, o momento de vigiar em orações, poderá ser um louvor, agradecimento, pedido de perdão, intercessão.... Até agora, Deus falou para você; chegou a hora de você responder a Ele. "O que o texto me faz dizer a Deus?"
4º Passo - CONTEMPLAÇÃO
Voltamos os afazeres da vida com um novo olhar sobre Deus e sobre os acontecimentos, com a determinação de dar o primeiro passo na construção da unidade e da paz. A pergunta é: O que vejo melhor e vou fazer a partir de agora?






quinta-feira, 10 de setembro de 2009

O Chamado

A oração é o acontecimento que atinge decisivamente e para sempre a existência de uma pessoa. Perceber, assumir e viver fielmente essa vocação “chamado” é algo que vai acontecendo num processo de amadurecimento gradual.
Na vocação, há uma grande dose de mistério. Nem sempre é razoável, coerente e explicável. A história das vocações está povoada de fatos surpreendentes, espontâneos, às vezes sérios e outras vezes engraçados. Quase sempre a história de uma vocação foge de uma leitura puramente racional.
Quando falamos em vocação, é a pessoa que está em questão. É ela indentidade incomunicável e intransferível. Cada vocação tem o peso da realidade pessoal, do processo histórico. É a aventura de cada pessoa na descoberta do Deus vivo - experiência profunda do ser eleito, querido, chamado e enviado por Deus. Essa experiência verdadeira marca para sempre a vida da pessoa, atingindo os ossos e a medula, impossibilitando a de ficar acomodada.

RELAÇÃO DIALÓGICA

O que impulsiona a humanidade para frente é a comunicação. Temos necessidade da comunicação. Como é gostoso falar daquilo que somos, daquilo que gostamos, como é gracioso falar daquilo que amamos . Já diz o provérbio Latino “o bem se defunde por si mesmo”. Declaramos na comunicação aquilo que somos. Deus é assim. Ele se revela, se comunica, na sua palavra, nas suas ações, na natureza, nas pessoas, na sua obra criadora. Quando falamos de Deus, comunicamos a profundidade de sua vida em nós. Revelamos até que ponto Deus atingiu nossos ossos, nossa medula, nosso ser.
A palavra de Deus é Jesus Cristo, sua encarnação - manifestação histórica e concreta. Jesus é comunicação - notícia de Deus. Sua vida, presença, pregação , sua morte e ressurreição é a mensagem, revelação, testemunho, explicação de Deus ao mundo. Em Jesus tornar-se visível quem realmente é Deus. Jesus é a chave para compreendermos a vocação, ou seja, o “chamado”. Não é possível sentir-se chamado por Deus, descobrir a própria vocação, vivê-la fiel e quotidianamente sem uma relação profunda com a Palavra de Deus. Em Jesus, Palavra plena de Deus ao mundo, ouvimos o chamado. Toda opção vocacional verifica-se dentro de uma história de diálogo e de comunhão, de acolhimento e de relação com Jesus Cristo. Se a opção vocacional, como acolhimento, resposta e missão, não for feita em relação à Palavra de Deus, torna-se simples busca pessoal, que se ajusta e submete a circunstâncias concretas, interessadas e imediatas.
O espaço vital da pessoa chamada é a Palavra de Deus. Não só se alimenta da leitura da mesma mas vive desta escuta. Faz dela oração pessoal e comunitária: A palavra de Cristo habite em vós com toda sua riqueza (Col3,10). A Palavra de Deus está na Bíblia , na Igreja e em cada pessoa . Em cada um de nós desperta ecos particulares , sendo por si mesma, ponto de partida para o discernimento mais pessoal e mais íntimo do chamado de Deus a nossa vida. A Palavra de Deus nos alcança , removemos e comove-nos, toca-nos e levanta-nos. É semente posta no coração, espalha-da no campo amplo e pessoal de cada um. Ai é o lugar muito próprio, no qual se manifesta.
O fato vocacional cresce e se desenvolve geralmente em clima ou espaço em que a Palavra de Deus possa expressar-se e encontrar eco. Não é suficiente um simples atrativo natural e pessoal, inclinação natural, certo gosto. Onde está a Palavra de Deus, ali se nutrem, suscitam e florescem vocações. A leitura da Palavra de Deus, oração, a celebração da fé permitem à Palavra de Deus dirigir-se a cada um, encontrar o ambiente, a situação e o lugar de reconhecimento da mesma.
Isso é decisivo não só para o nascer de uma vocação, mas para o processo de amadurecimento e perseverança. O chamado-vocação pode paralizar-se ou até esterilizar-se se for perdido o ambiente onde já não se ressoa o dinamismo da Palavra de Deus. Esse dinamismo pode ser sufocada.
A palavra de Deus vivo desperta conhecimento, opção de entrega incondicional, compromisso. Entrando nessa dinâmica toma-se consciência do discernimento, eleição, decisão e fidelidade humilde. A Palavra de Deus é tesouro escondido no campo (Mt 13,44-46). A abandonar tudo para acolher o Todo. A alegria do achado impulsiona a pessoa à decisão radical de conversão ou mudança de vida.
Deus dirige-se à pessoa e a convida. Não despoticamente. A pessoa é livre. Pode recusar o chamado. “Chamei-vos e não respondeste, falei e não ouvistes” (Os65,12).
Falei-vos assiduamente, ainda que não ouvísseis, e vos chamei, mas não respondestes (Jr 7,13). Na medida que a pessoa resiste a crer, encontra-se sempre com seu medo, com sua incapacidade, procurando desculpas para fugir ao chamado, imperioso comprometedor de Deus.
Ao responder ao chamado de Deus, a pessoa toma consciência de que vai entrar em conflito com as exigências do mundo. Quando Deus chama alguém é para dispor dele inteiramente, de sorte que já não é dono de si, mas o outro domina sua vida. No meio do deserto, Moisés se dá conta de que alguém pronunciou seu nome duas vezes “Moisés, Moisés”. Esta experiência é violenta, como a que podemos ter quando alguém nos chama pelo nome num ambiente totalmente estranho.
Quando Deus se aproxima de uma pessoa e lhe fala, esta fica situada diante de uma opção. Este chamamento de Deus é o meio pelo qual ele converte as pessoas inominadas em instrumentos de sua vontade. Este acontecimento reveste a pessoa chamada de “mandato de sabedoria e de responsabilidade”. Deus confia uma missão concreta, cujo caráter revela imediatamente ou mais tarde. Este acontecimento é tão determinante que deixa a pessoa chamada totalmente só com Deus.

A NOSSA PEQUENEZ

A eleição nunca está vinculada ao valor ou “status” dos chamados, mas ao agir livre e gratuito de Deus que contradiz, os pressupostos humanos. Quem aceita que Deus o eleja imerecida e surpreendentemente, reconhece sua incondicionalidade e unicidade, como expressão da assunção total das exigências que isso comporta.
A eleição não se funda em pressupostos humanos nem proporciona nenhum tipo de privilégios. Seu sentido profundo e finalidade é que conduz a uma resposta ao amor de Deus, à obediência a ele e ao cumprimento de uma nova missão. Esta decisão não é objetivo alcançado, mas o início de um caminho. Deus como oleiro, trabalha a pessoa como argila (Gn2,7). Reconhecer que Deus entra na história pessoal e a vai dirigindo, leva a idéia da vinculação pessoal com ele. “Sei muito bem que Deus está por mim”(Sl/ 56,10). Deus é para o eleito, apoio, único bem, força, libertação, âncora no meio da tormenta, luz no meio das trevas.
Nem todos aqueles aos quais Deus se dirige alcançam o objetivo do seu chamado. A fé e o seguimento são frutos de disposição ou de decisão humana de confiante abertura, de acolhido simples e de fidelidade incondicionada. A eleição é graça. Deus elege a todos.
A resposta como acolhida é sempre confiança. “Vede, irmãos, quem foi chamado entre vós: não muitos sábios em sabedoria humana, não muitos poderosos, não muitos nobres; antes, Deus elegeu a loucura segundo o mundo, para envergonhar os sábios; e Deus elegeu a fraqueza, segundo o mundo, para envergonhar os fortes: Deus elegeu os plebeus, segundo o mundo, anular desprezando o que não é, para o que é (1Cor 1,26-28).
Os pequenos são os pobres de espírito das bem aventuranças de Jesus (Mt 5,3), os simples, o povo baixo, os pecadores, os desprezados, os não inteligentes, os considerados sem direitos ao conhecimento.
Deus cria sempre muitos desconcertos em nossos organogramas . Ele nunca se aproxima para nos dar razão, mas para nós confiarmos nele. Ele nunca nos fala para aplaudir nossos caminhos, mas para que comecemos a percorrer os seus com alegria e confiança incondicional. Quem aceita com humildade o plano de Deus acerca dele, ainda que não consiga entender todo o seu alcance e todas as suas conseqüências, esse é o “Servo do Senhor”, como Maria, a mãe de Jesus, protótipo de “eleita” de “chamada”: Eis a escrava do Senhor; “Faça-se em mim segundo a tua vontade” (Lc 1,38).
Pe. Carlos Alberto Chiquim
Fonte: http://www.sav.org.br/

Somos parte de algo maior que nós



“Anda, quero lhe dizer um segredo...
... vem que tá na hora de arrumar
Vamos precisar de você... Vamos precisar de todo mundo, um mais um é sempre mais que dois”.
Para melhor juntar as nossas forças, o Serviço de Animação Vocacional – SAV convida você a participar do ENCONTRO EM PREPARAÇÃO AO 3º CONGRESSOVOCACIONAL DO BRASIL. COM O TEMA: DISCÍPULOS MISSIONÁRIOS A SERVIÇO DAS VOCAÇÕES. E O LEMA: “IDE, POIS, FAZER DISCÍPULOS ENTRE TODAS AS NAÇÕES”

Datas: 05 de junho (sábado) das 14h às 17h
06 (domingo) das 8h30 às 12h
Assessora: Irmã Gervis Monteiro, fsp
Público Alvo: animadores vocacionais, coordenadores
de pastorais e movimentos e pessoas interessadas no tema
Local: Hospital Madre Tereza
Irmãs: Pequenas Missionárias de Maria Imaculada
Av. Raja Gabália, 1002
Contatos: Ir. Ilanyr – 3334-8673
Frei Alexandre – 3375-2133


Pede-se a gentileza de confirmar a presença com Ir. Ilanyr ou Frei Alexandre, até o dia 30 de maio de 2010 ou pelo e-mail: savrense@gmail.com